Até a Constituição!
Até a Constituição Federal de 1988 deu mais atenção
à noção de família do que ao casamento e você aí, mantendo casamento infeliz
para “inglês” achar que você é feliz! Aceitando traição, aceitando parceiro que
não comparece nem no afeto, nem no carinho, nem na cama, aceitando falta de
consideração, de admiração e até de respeito, reclamações homéricas, mau humor,
descontentamento constante e falta de tesão.
Tudo isso pelos filhos, pequenos ou grandes seres
que não lhe pertencem e nunca hesitarão em deixar-lhe em prol de sua felicidade
(nem devem!), seres que precisam de pais alegres e não de uma família hipócrita
e sem graça.
Você que não vê a hora de o domingo acabar e
recomeçar a correria da semana, você que tem a senha do celular mais “forte”
que a da conta bancária e paquera até atendente de pedágio é, pura e
simplesmente, um ser retrógrado, acomodado e, claro, muito idiota. Um minuto de
silencio pelo falecimento pretérito da sua vergonha na cara.
Da mesma forma, até o constituinte de 1988
estabeleceu a igualdade entre homens e mulheres e você aí, achando que
feminismo é o oposto do machismo e propõe a submissão do homem pela mulher, contrariando
o que o sistema machista “instituiu”. Feminismo não é a mera luta por direitos
iguais, afinal, igualdade se consegue tratando-se desigualmente os desiguais.
Feminismo é uma tentativa de sermos respeitadas, de
sermos vistas como seres inteligentes cuja vida não se circunscreve ao falo
masculino e cuja forma física não é aquela que “deve” agradar aos homens, mas a
que temos, porque gostamos, porque queremos e sem nos sacrificarmos.
Porque nos amamos, mesmo que não sejamos iguais as
“modeletes” de programa esdrúxulo, que se exibem para a câmera como pedaços de
picanha em açougue. Não precisamos agradar aos homens, a gente só precisa ser:
sermos donas de nossas opiniões, corpos e ideias, sem sermos julgadas por quem
nos quer subalternas.
Enfim, é muita mentalidade tacanha e confusa para
poucos cabelos na cabeça das pessoas! Ou seja, é ignorância que não tem fim! Preconceitos,
retrocesso, ausência de bom senso, de lealdade para consigo mesmo e para com a
vida. É muito tentar aparentar e pouco ser, é muito dizer e pouco sentir, é
muito fingir e pouco ser. É muita tolice, portanto.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 05 de março de 2015.
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