Sobre o que passou, mas permanece.
Sobre relacionamentos antigos, ex-namorados,
ex-maridos e afins: você já reparou na quantidade de pessoas legais,
inteligentes, afetivas e afins com você que o “de cujus” apresentou? Então,
deixe de reclamar do irrelevante!
É quem fica que vale a pena, quem fica faz sorrir!
Ignore o que lhe desagrada, foque no lado doce do presente adocicado. E chega
de reclamar de acasos que acontecem com quem está vivo: para morrer basta
viver, para “acabar”, basta começar.
O que vigora entre um e outro é o que merece o
nosso (eterno) prezar. O resto é “nhenhenhe”. Não estou disposta a aguentar “chorinho”
se o rock, a cerveja, a batata frita, a feijoada e o ânimo me esperam. Licença,
até logo! Afinal, só passa a bola adiante quem sabe chutar.
Quem sabe chutar não faz firula, não enfeita, não
fica tentando engrandecer o pequeno, impor valor ao medíocre. Quem é, “é”, quem
faz, “faz”, desnecessários os bastidores, as discussões e as suposições.
Desnecessário tolerar alguém, suportar, aceitar,
trair. Desnecessário ser infeliz acompanhado, desnecessário perder o respeito,
perder o carinho, o afeto, o tesão. Desnecessário ter alguém fazendo volume na
cama sem tocar nosso coração com sua companhia ou nosso corpo com as mãos.
Ninguém morre de amor, término de relação amorosa
não mata ninguém, não faz você se tornar “menos” você, pelo contrário. Você se
descobre mais sábio, mais forte e, quiçá, mais completo daquilo que realmente
importa! Você se desvela, se conhece, descobre um pouco mais sobre o que quer e
o que não quer para si.
O saldo sempre será positivo, logo, não convém ter
tanto medo de relações em virtude da possibilidade da frustração e do fim. Se isso
ocorrer, fato é que você continuará vivo e, ainda, mais experiente, mais maduro
e com outros resultados “paralelos” e positivos.
Amigos, conhecidos, aprendizado! Até quem nos magoa
ou frustra sempre terá nos ensinado algo, nos apresentado a bons restaurantes,
boas pessoas, boa banda, bons vinhos. Sempre há algo de útil deixado por quem,
com o tempo, se mostra afetivamente inútil para nós.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 19 de março de 2015.
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