Sobre um amanhecer numa sexta-feira 13 e um
adormecer no sábado 14.
Acordar às 3h da madruga, me dando ao luxo de
pensar no engodo da guarda compartilhada e na vontade de escrever um artigo
sobre o assunto, no programa de verificação de plágio que preciso baixar.
Em como o Google vem lascando com a capacidade humana
de pesquisar, citar fontes idôneas, adentrar profundamente em assuntos técnicos
e estudar, em como será chata minha tarde retocando a raiz do cabelo, em
competência tributária e impostos, na necessidade de encontrar um contador em
Sorriso.
Na distância da minha irmã, nos problemas conjugais
de uma amiga, na ausência do meu pai, na feijoada de sábado, na visita do meu
avô, no tema de monografia de um aluno, na adoção de indígena, na falta que um
perfume da Lâncome me faz.
Na vontade (a qual estou resistindo) de puxar o
note e alimentar meu blog com algum escrito feito a está hora, no sono que
sentirei logo mais quando não poderei dormir, nas provas parciais que comecei a
fazer.
Na necessidade que terei de ingerir cafeína neste
dia, na minha gula maligna por limão com sal e vinagre de maçã com tomate
(nesta ordem), na fome que estou começando a sentir e, em porque eu estou
escrevendo isso ao invés de contar carneirinhos!
(Passou o dia, chegou a noite:) Fato é que eu fico
confusa entre o que eu sinto e o que eu gostaria de sentir. Sinto-me confusa
entre o quanto eu queria confiar e o quanto eu confio, me sinto perdida entre a
vontade de me jogar e as reticencias que tenho.
Qual a minha importância para o outro? Devo dar-lhe
tanta importância? Será que não há nada, para ele, muito mais relevante do que
eu? Quais são seus medos? Eu preciso de algo ou alguém com medo? Será que mato,
será que morro: fujo para o mato ou fujo para o morro?
Sabe aqueles dias em que você se sente esquizofrênico?
Não sabe? Explico-lhe: você sente mil sensações, parece que intui, parece que
sofre e nada disso é “seu”, então, você esta louca ou está sentindo, está antevendo
algo?
Você sente que algo mudou, mas só você sente! Ninguém
fala, ninguém viu. Então, você ensandeceu? Será que o outro quer você ou também
quer ser um pouco seu? Será que você é prioridade ou um eterno segundo plano?
Afinal, seu problema é insônia, fome ou sandice? Quer saber? Anoiteceu, eu vou
dormir.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 14 de março de 2015.
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