Aprendendo a ser gente.
O mundo não será justo enquanto as mães ensinarem a
filha a “sentar-se como uma mocinha”, de perninhas cruzadas e elegantemente e
permitirem que os meninos achem bonito dar “pum” em publico, arrotar como quem
grita e fazer outras coisas afins.
Da mesma forma, não será justo o mundo enquanto as
meninas lavarem a louça com a mamãe e os meninos saírem jogar futebol ao mesmo
tempo. Ou o pai dar o carro para o filho adolescente sobre a “dica” de ele “comer”
um maior numero de meninas e dizer para a filha adolescente que vai ao cinema
com o namorado que ela não pode chegar depois das 23h.
Qual a solução? Criar seres humanos para serem
seres humanos dignos e decentes, independente do sexo. Arrotar não mata, peidar
também não, mas achar fazer isso em público sempre “lindo” é tolice.
Assim como meninos não morrem lavando e secando a
louça e nem meninas deixam de ser meninas se jogarem futebol, assim como homem
não deixa de ser homem se namorar a menina pela qual se apaixonou e nem a
menina deixa de ser mulher se resolver dar carona para os amigos bonitos e
cobrar a carona em “carne”.
Machismo se aprende em casa. E machismo não fode
com o mundo, machismo estupra o mundo. Se só “fodesse” era bom. Apesar disso, não
nego que as mulheres, criadas numa criação notoriamente machista e que faz
distinção entre os sexos, deveriam aprender algumas coisas com os homens.
Quero dizer, a maioria das mulheres poderia
aprender algo com a maioria dos homens! Por exemplo, não criticar a moral de
outra mulher pelo que ela faz entre quatro paredes. Sexo, pouco sexo ou muito
sexo não define caráter, talvez defina que a outra é mais fogosa e, quiçá, boa
de cama que você!
Menosprezar outra mulher moralmente é feio, falar
mal da criatura que no outro dia foi chamada de “amiga”, da mesma forma, é desprezível!
Homens se protegem, se defendem, tem entre eles uma lealdade quase pueril e
inocente. Falam mais bobagens, mas não pensam tanta maldade quanto à maioria
das mulheres.
A gente poderia aprender com os homens a ser mais
leal, mais sincera, a falar mais o que se sente do que aquilo que nos convém em
dado momento. A sermos menos “cobras” umas com as outras. Sei lá, acho
necessário, porque o machismo feminino e a deslealdade feminina são terríveis!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 09 de março de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.