Entre o sentir e o calcular.
Ai que bom seria mandar no que sentimos! Que bom
seria dizer para o coração: "Não bata rápido! Não se anime! Não suspire!
Não se empolgue! Calma, espera aí! Isso, isso, obediente!".
Vivo num vácuo entre a hiperatividade mental e uma
overdose nata de sensibilidade! E é constante, assim como humor e a minha
tradicional comicidade. Não é TPM, não é falta de nada, não é meu suco verde,
sou eu, pura e simplesmente.
Pessoa engraçada e divertida, mas que leva tudo o
que lhe interessa a sério demais, mas que consegue rir do desagradável também!
Que mistério! Seria eu uma pessoa "indefinível"? Confesso que nem eu
sei me definir. E não me defino.
Dizem que precisamos levar a vida menos a sério
para sermos felizes. Eu consigo fazer, isso! Eu juro, eu consigo! A todo o
momento supero falta de grana, preocupações, saudades, receios e, ainda assim,
sigo com o bom humor imbatível!
Fato é que não consigo “não levar” a sério meu
trabalho, minhas responsabilidades profissionais e as pessoas que eu amo. Eu
confio, eu acredito e me entrego a quem eu nutro profundo apreço. Não sou meio
termo, sou intensa, sou entrega.
Todavia, sou sensível. É tarde demais para
endurecer, e nem quero. Se tudo o que vivi até agora não foi suficiente para me
fazer mudar, para me fazer ignorar minhas expectativas e meus afetos, nada mais
me mudará! Me irá endurecer.
Fato é que, independente do fato de ser sensível
nos sujeitar mais a dor e a frustração, eu me dou bem comigo mesma. Entendo-me,
mesmo que às vezes isso seja difícil. Enfim, sei que meu "eu" vive
entre a vontade de sentir menos e "calcular" mais. Todavia, vontade é
uma coisa que dá e passa. Pronto, passou!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 05 de março de 2015.
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