Sobre o dia 15/03, sobre a classe que trabalha e
pensa e algumas manifestações estupidas.
Eita que a ignorância humana é algo inominável. E abominável!
Nessas manifestações tem muita gente perdendo a razão. É petista fanático
(aliás, a cabeça desse povo deveria ser estudada pena ciência, porque, sinceramente,
nem religião torna as pessoas tão irracionais quanto o partidarismo
desenfreado!) falando que a opinião dos manifestantes diz respeito a uma “elite
branca”, dizem que os manifestantes são os abastados, os que estão descontentes
porque “pobre agora tem vez” (como se todos os petistas fossem pobrezinhos né?!
Ai que dó! E os funcionários públicos que defendem o partido enquanto só fazem “ficar
atrás da mesa com o cú na mão”, agora são “proletários”? Haja paciência!).
E os “revolucionários” que criticam o bolsa família
sem saber o quanto ele representa para a economia, sem conhecer preceitos
constitucionais que o embasam e, sobretudo, sem ver que o problema não é “ele”.
E os idiotas que usam armas e enforcam bonecos
representando a Dilma e o seu “guru” (Lula)? Pra que isso povo!? O que
precisamos não é só da cassação do mandato da presidente, precisamos de reforma
politica e tributaria, precisamos de um novo senado, um novo congresso,
precisamos de “caras novas” nessa politica antiga, coronelista e corrupta.
Mas sim, as intenções dos manifestantes são idôneas!
Sim, estamos fartos de corrupção e, o que é pior, desse “lema” dos nossos
governantes nos últimos 15 anos: “Não falo, não vejo e não ouço”. Foi assim com
o mensalão, lembram!? Tudo acontecia ao redor do Lula e ele não enxergava nada.
Agora a Petrobras!
Será que custa esse povo ser racional e ver que, ou
esses “governantes desgovernados” não tem capacidade para gerir o País porque
são desonestos, ou não tem tal capacidade, porque são cegos e otários?! Enfim,
a moral racional só pode ser a de que, saindo esta escória do poder, ficará a
frase: “Já vão tarde!”.
Agora, meus caros, companheiros coxinhas, parem de
dizer que vocês não precisam de esmola do governo, que vocês se manifestam em
dia de folga e não mediante trocados na sexta-feira à tarde, dia útil.
Parem com esse "ódio de classe", mas por
favor, não se calem frente a quem lhes chama de riquinhos, frente a quem
debocha da sua indignação afirmando que você não gosta da “classe trabalhadora”
e que você come caviar.
Não se resigne, porque quem acorda cedo para
trabalhar, paga altos impostos, estuda a vida toda, dorme tarde e acorda cedo, não
é obrigado a calar-se diante da corrupção e do aumento desenfreado do preço de
produtos básicos, apenas por conta da mania de perseguição esquizofrênica
daqueles que tem ódio da classe a qual promoveu você.
Ou agora é legal dizer que os manifestantes antiPT
sentem ódio dos desabastados, mas é bonito os partidários desmerecerem todo
manifestante? Nunca fui rica. Meu pai é caminhoneiro e ele, ao contrário de
mim, nunca votou no PT. Conheço domésticas, conheço trabalhadores braçais que
são contra esse governo!
Chega de chamar os manifestantes de
"teleguiados" pela mídia! Esse povo obtém informação das mais
variadas fontes, assim como você, cidadão que tem ódio da classe manifestante,
desrespeita e faz pouco caso. Respeito é algo que se deve ter para receber.
Ódio de classe não se direciona só em face dos
recebedores do bolsa família. O ódio tem dois lados e você que chama os
coxinhas (como se essa palavra em si não fosse sarcástica!) de mal informados,
está obtendo informações em fontes parciais e duvidosas.
Você que cantou "Lula lá", aceite que os
descontentes se manifestem e exerçam seu direito democrático de arrependimento
por ter elegido o tio dos 9 dedos e seus pares, ou, simplesmente, se manifestem
em face do que lhes causa irresignação. Chega de trocar balas, a menos que você
queira ser, igualmente, vítima da fúria de classe.
No caso, da classe pensante, da classe critica, da
classe que arca com alta carga tributária e não se resigna frente a roubalheira
só porque ela vem da "divindade". Divindade petista, afinal só uma
obsessão religiosa justifica tanta incoerência, obsessão e fé numa perfeição e
idoneidade invisíveis deste governo. E neste partido.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 16 de março de 2015.
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