Mulher boa.
Mulheres, não é preciso ser bela, é preciso se
sentir bela! Você não precisa ter pernas longas, ser curvilínea, mas esguia,
medidas perfeitas, bunda arrebitada, coxas duras, seios firmes, pele lisa e
macia.
Não, não, não é preciso se matar malhando, se
privar de vontades humanas, de seus desejos, aniquilar com seu humor e se restringir
a ponto de “caber” no estreito conceito de corpo de capa da Nova Cosmopolitan.
Amiga, você precisa é se sentir bela, se sentir gostosa, porque só assim, você
será “gostosa”!
Gostosa não é a mulher alta, elegante, magra e
durinha que se sente vexada por causa das suas poucas celulites no traseiro, se
tapa com lençol até para acender a luz do quarto que, diga-se, passou desligada
nos momentos mais interessantes de serem vistos.
Gostosa é a mulher que se garante, que sabe que é
tão boa que nenhum defeito vai deixa-la menos desejosa, menos ardente. Gostosa é
a mulher que sabe que comanda, que, se não é agradável aos olhos de um, pode
escolher quem o irá substituir.
Porque ela sabe que é boa em tudo, inclusive sem
roupa, inclusive na cama. Na sala. No carro. No corredor do prédio. Ou seja
onde for. Existe muita paranoia pelo corpo perfeito e muita pouca “nóia” pela
autoestima perfeita. E é aí que o boi se vai com as cordas e quem tem tudo para
ser boa, se torna medíocre, insipida, insossa e sonsa.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 29 de março de 2015.
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