Mania de culpa. Ou melhor, de dolo.
Dei uma passada pela sala onde minha mãe está
assistindo ao “Fantástico”, ouvi que os organizadores da festa em Bauru serão
indiciados por homicídio doloso, com dolo eventual! Tipo, assumiram o risco de
matar alguém com o tal do “open bar”. Sério mesmo?!
É essa mídia desinformada, esses delegados
inconsequentes criando a indústria do “dolo eventual”! Se muito, em minha
concepção trata-se de culpa. Ora essa, agora porque tem bebida liberada eu vou
beber até perder a consciência ou, literalmente, morrer? Os donos da festa tem
responsabilidade pelos excessos de quem foi até ela?
Eles “escolheram” ou forçaram o sujeito a
participar da competição? Nossa! Uma vez fui à uma festa que tinha tequila
liberada até às 23h. Tomei dois “martelinhos” e risquei meu carro nos pilares
da garagem do meu prédio ao estacionar.
Soubesse disso tinha processado a casa noturna né?!
Afinal, era quarta-feira, eu fui à festa “constrangida” e fui “obrigada” a
tomar os dois copinhos de tequila. Arre, haja paciência!
E assim, o povo leigo, vai obtendo informação jurídica
errada e achando que é certa, afinal, “deu” na Globo! Em minha concepção nem
tudo é crime, nem tudo é ilícito civil. Existem acasos, infelizes acasos. Acasos
que nós causamos a nós mesmos. Chega dessa mania de “culpar” alguém! Ai! Coisa chata
isso!
A culpa sempre tem que recair sobre alguém, virou
uma paranoia que está infestando até o judiciário. Custa muito compreender que,
às vezes, quem, pelo exagero assume o risco de se “lascar” é a própria vitima? Por
que culpar alguém se os rapazes foram até lá voluntariamente?
Já fui a bailes de comenda chiquérrimos no
interior. Open bar, espumante cara, whisky e etc.. Nunca sai embriagada! Nem tonta,
só alegre. Ah, mas os jovens são irresponsáveis? Bem, então a culpa seria dos
pais, da genética? Eles eram maiores de idade. Responsáveis por seus atos. E ponto.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 1º de março de 2015.
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