Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 18 de março de 2015

Machismo besta!

Machismo besta!

Não assisto o BBB. Não assisto nem novela, há anos, para ser franca. Todavia, o que a gente não assiste, as redes sociais contam. Foi assim com a “bunda” da vez (em que pese eu tenha assistido boa parte da série em virtude de seu caráter “nada” hipócrita e passional), foi assim com o beijo gay entre divas da televisão brasileira nesta semana e é assim com os babados “bigbrotherenses”.
Sei que uma moça transou com um cara lá dentro, sem proteção. Sei que todo mundo transa embaixo daqueles lençóis nas ultimas edições do programa. E sei, também o que a mídia fala e o que ouço por aí “about”.
Então, vi que a moça apedrejada porque “obrigou” um sujeito a transar sem camisinha com ela criticou o julgamento popular que a fez passar por “tarada”, porque ela transou com o rapaz lá dentro. Parece-me que foi o casal que, na atual edição, inaugurou a “foda em rede nacional” do programa.
Pois bem, a moça falou na matéria que li, uma verdade. Disse que o casal se sente atraído, convivem 24 horas junto, logo, se torna complicado conterem-se diante de tanta intimidade “forçada” pelas circunstancias, porém natural, humana. Vejo conhecidas que “ficam” com o cara da balada cujo nome, passado e presente desconhecem, criticando a moça! “Ai, que puta!”.
Eu mesma já critiquei há tempo atrás algo do tipo, mas hoje em dia o meu único pensamento a respeito é o seguinte: admirável esse povo que consegue fazer sexo sem colocar a desgraça do edredom de lado!
Eu não transaria no BBB, porque tenho calor e não suportaria a ideia de ter uma coisa me tapando e cerceando a “liberdade” de movimentos. Só isso, logo, evitaria fazer um pornô ao vivo. Só isso, repito!
Como dizer que eu não faria algo que é humano por qualquer outra razão? Por “pudicismo”, moralismo? Cara, eu tenho moral, não sou moralista. Não confunda! Quem vê pensa que a gente raciocina em dados momentos! Ah, conta outra! De resto, tenho que concordar com a tal da aeromoça e perguntar se esse povo que joga pedra nela, por acaso, não faz sexo?
Pois é, até acho que não né?! Pelo azedume e tempo livre para assistir programa de quinta e ainda falar mal de suas companheiras de gênero (feminino), tenho quase certeza que não. Ou, se transam, não obtêm “aproveitamento” positivo, único ou múltiplo, da “atividade”. Um minuto de silencio pela sua hipocrisia, machismo e frustração.
Convém arrematar o texto falando do machismo dessas pessoas que criticam a moça e as demais que transam lá dentro: a maioria são mulheres. Parece que existe, no universo feminino, a vã crença de que é necessário criticar a liberdade sexual que a outra se “dá” para ser decente. Papinho que só cativa homem besta! Papinho que mostra o quão besta uma mulher pode ser.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 18 de março de 2015.

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