Machismo besta!
Não assisto o BBB. Não assisto nem novela, há anos,
para ser franca. Todavia, o que a gente não assiste, as redes sociais contam. Foi
assim com a “bunda” da vez (em que pese eu tenha assistido boa parte da série
em virtude de seu caráter “nada” hipócrita e passional), foi assim com o beijo
gay entre divas da televisão brasileira nesta semana e é assim com os babados “bigbrotherenses”.
Sei que uma moça transou com um cara lá dentro, sem
proteção. Sei que todo mundo transa embaixo daqueles lençóis nas ultimas
edições do programa. E sei, também o que a mídia fala e o que ouço por aí “about”.
Então, vi que a moça apedrejada porque “obrigou” um
sujeito a transar sem camisinha com ela criticou o julgamento popular que a fez
passar por “tarada”, porque ela transou com o rapaz lá dentro. Parece-me que
foi o casal que, na atual edição, inaugurou a “foda em rede nacional” do
programa.
Pois bem, a moça falou na matéria que li, uma
verdade. Disse que o casal se sente atraído, convivem 24 horas junto, logo, se
torna complicado conterem-se diante de tanta intimidade “forçada” pelas
circunstancias, porém natural, humana. Vejo conhecidas que “ficam” com o cara
da balada cujo nome, passado e presente desconhecem, criticando a moça! “Ai,
que puta!”.
Eu mesma já critiquei há tempo atrás algo do tipo, mas
hoje em dia o meu único pensamento a respeito é o seguinte: admirável esse povo
que consegue fazer sexo sem colocar a desgraça do edredom de lado!
Eu não transaria no BBB, porque tenho calor e não suportaria
a ideia de ter uma coisa me tapando e cerceando a “liberdade” de movimentos. Só
isso, logo, evitaria fazer um pornô ao vivo. Só isso, repito!
Como dizer que eu não faria algo que é humano por
qualquer outra razão? Por “pudicismo”, moralismo? Cara, eu tenho moral, não sou
moralista. Não confunda! Quem vê pensa que a gente raciocina em dados momentos!
Ah, conta outra! De resto, tenho que concordar com a tal da aeromoça e
perguntar se esse povo que joga pedra nela, por acaso, não faz sexo?
Pois é, até acho que não né?! Pelo azedume e tempo
livre para assistir programa de quinta e ainda falar mal de suas companheiras
de gênero (feminino), tenho quase certeza que não. Ou, se transam, não obtêm “aproveitamento”
positivo, único ou múltiplo, da “atividade”. Um minuto de silencio pela sua
hipocrisia, machismo e frustração.
Convém arrematar o texto falando do machismo dessas
pessoas que criticam a moça e as demais que transam lá dentro: a maioria são mulheres.
Parece que existe, no universo feminino, a vã crença de que é necessário criticar
a liberdade sexual que a outra se “dá” para ser decente. Papinho que só cativa
homem besta! Papinho que mostra o quão besta uma mulher pode ser.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 18 de março de 2015.
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