Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 24 de março de 2015

‘Empresariamento’ da relação amorosa.

‘Empresariamento’ da relação amorosa. 

Para ser feliz no amor, para ser feliz na vida, você precisa se conhecer. Nem tudo o que é bom para os outros, é bom para você. Tem quem adore aquela coisa de mais “amizade” e dialogo num relacionamento, tem quem curta mais a paixão e a alegria, tem quem goste de mais atenção que outros, tem quem precise de maior investimento na relação para se sentir feliz e confortável numa.
As pessoas têm necessidades diferentes, anseios distintos, expectativas e gênios dissonantes. Tem quem se contente com pouco, tem quem se contente com o razoável e tem quem só se contente com o muito. Exigibilidade? Cada um com seu “nível”. Enfim, cada um na sua, mas com alguma coisa em comum.
O anseio pela fidelidade e respeito, por exemplo. Tem quem ache que uma relação só finda com uma traição, tem quem, como eu, ache que a traição é o suprassumo da ofensa, mas existem descasos, existem diferenças, existem pequenas magoas ou divergências que decepcionam, desagradam e um dia “minam” com o amor.
Traição é o obvio, ou melhor, o mais que obvio acerca da necessidade de mandar o outro se ferrar. Todavia, ora, ora, veja só: existe quem ache que não, que traição é perdoável, que é até compreensível e são felizes pensando, vivendo e agindo de acordo com tal ideia e todas as demais conexas a ela! Conceitos, valores e “pedras de toque”, cada um com os seus!
Enfim, existem os acomodados e existem os apaixonados. Se você não souber quem você é não conseguirá ser feliz, porque conselhos não irão lhe adiantar, leituras, psicanalise, terapia, padres, enfim nada disso lhe ajudará.
O nosso melhor amigo é e sempre será o autoconhecimento! É ele quem nos dirá o que suportamos sem irritação, azedume e tristeza e o que devemos dispensar para sermos felizes. Só poderemos ser felizes, dizer “sim”, dizer “não”, dar “bastas” ou inicios quando nos conhecemos e sabemos o que queremos para nós. Acredite, tem quem tenha medo disso! Ser diferente do “comum” assusta a alguns! Mas, não a mim.
Inclusive, passo a estabelecer em minha própria vida afetiva o que chamo de “empresariamento do amor”. Sim, passarei a deixar mais claro do que sempre deixei a quem me ama que o amor, comigo, funciona bem quando agimos, no relacionamento, como agimos com uma empresa de nossa propriedade.
Ora, como assim? Se você tem uma empresa, você envida de todos os esforços necessários para fazê-la progredir, certo? Investe tempo, investe dinheiro, se vira do avesso para fazê-la crescer e ter sucesso, não é? A falência é o que você menos deseja e, para tanto trabalha, trabalha e trabalha para ir adiante.
Então, um relacionamento comigo, é “empresariável”: não carece só dos tradicionais “eu te amo” rejubiladores, não depende só de prazer, noites orgásticas e de pequenos grandes momentos. Precisa de investimento, precisa recomeçar todo dia, com os mesmos agrados, com a mesma vontade de fazer dar certo que havia no inicio.
Eu não tenho medo de ficar só, eu tenho medo de relações mornas, tenho medo de dividir a cama com um amigo, tenho um medo pavoroso de chegar a um ponto da relação em que o celular, o jornal e a bunda da atriz chamam mais atenção do que a minha presença.
Isso, para mim, é a falência da minha “empresa” amorosa. Logo, eu desisto, fecho as portas e abro nova empresa, em outra sede, com outro sócio, talvez (porque, falir, sim, deixar de “trabalhar”, jamé!). Simples! Relacionamentos não precisam só de amor, precisam de vontade de fazer dar certo, de cultivar o que sempre foi bom e aprimorar o que pode melhorar. Para mim, isso é logico. Mas eu não sou a regra.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 25 de março de 2015. 

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